Canto de e para Belchior

Assis Coelho, 01/05/2017

Era um rapaz latino americano
Que ficou muito tempo longe de casa
Cheio de esperança e fé que se mandou
Deixou seus galos noites e quintais
Deixou, também, olhares lacrimosos que hoje trazemos e temos
Mas não se preocupe não, meu irmão,
A vida é diferente a vida é bem pior
Acalentada pelos cantos
Que falam de canaviais, o a solidão nas capitais,
De homens e mulheres com medo não só de aviões
Mas dos perigos das esquinas
Sem o abraço dos irmãos que se perdem
Nos asfaltos dessas capitais
Nos deixou à beira do caminho
Para pedir carona
Mas para ir pra onde?
Se hoje não faz sol na América do Sul!
Estamos muito cansados de não poder
Ouvir uma nova balada sua que fale de brotos, de lua ou coisas assim…
Mas o nosso consolo é saber que seu canto torto
Feito faca corte nossa carne deixando-nos
Cheios de esperanças e fé de dias melhores!
Obrigado, Belchior, pelo seu canto e sua poesia.

O Autor:
Assis Coelho nasceu no dia 3 de Outubro de 1950 na cidade de Viçosa do Ceará. Mas mora em Brasília onde estudou na Universidade de Brasília – UnB – e onde trabalha na Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.



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